Informações sobre a Revista da Escola Dominical Adulto CPAD, Noticias, Estudos Bíblicos, Textos Críticos, Ilustrações.

TRANSLATION

domingo, 10 de abril de 2011

O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO


INTRODUÇÃO.
O batismo com o Espírito Santo é um dom de Deus para o crente (At 2:38), prometido em (Jl 2:28,29) e está sendo cumprido desde o dia de Pentecostes (At 2:1-4,14-18). O batismo com o Espírito Santo também é objeto de estudo, sendo também uma das doutrinas principais das Escrituras. O estudo em apreço visa dirimir dúvidas sobre o que é, e o que não é o batismo com o Espírito Santo e incentivar o crente a buscar esta dádiva divina (Lc 11:13).


I) TERMINOLOGIA.


A expressão “batismo no Espírito Santo” não se acha na Bíblia. Nem por isso deixa de ser bíblica, pois tem sua origem na fraseologia semelhante empregada pelos escritores bíblicos. Os três escritores sinóticos relatam a comparação que faz João Batista entre o seu trabalho de batizar em águas e a obra futura de Jesus (Mt 3:11; Mc 1:8; Lc 3:16). A respeito de Jesus diz João: “Ele vos batizará no Espírito Santo”. Lucas retoma a terminologia em At 1.5, ao descrever as palavras de Jesus aos seus seguidores: “Vos sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias”. Lucas emprega a terminologia pela terceira vez em Atos 11:16 ao narrar como Pedro interpretou a experiência na casa de Cornélio. Explicando aos crentes em Jerusalém como Cornélio recebeu o Espírito Santo, Pedro lembra-lhes as palavras do Senhor: “Sereis batizados no Espírito Santo”. Parece que esta terminologia encaixava-se no pensamento de Pedro como perfeita para descrever a experiência de Cornélio ao falar em línguas. Na realidade, a única diferença entre a expressão “batismo no Espírito Santo” e as que aparecem nas referências bíblicas citadas é que aquela emprega a forma substantivada “batismo”, ao invés das formas verbais. (TEOLOGIA SISTEMÁTICA UMA PESPECTIVA PENTECOSTAL. Stanley M. Horton) .


II) A PROMESSA DO BATISMO COM ESPÍRITO SANTO.

O batismo com o Espírito Santo é uma das bênçãos mais distintiva do Novo Testamento. O apóstolo Paulo chama este Novo Testamento iniciado por Jesus como "o ministério do Espírito" (2 Cor. 3:8). No Antigo Testamento o Espírito Santo estava ativo – na criação e na preservação do universo, na providência e na revelação, e na capacitação de pessoas especiais para tarefas especiais. Alguns profetas predisseram que nos dias do Messias, Deus concederia uma difusão liberal do Espírito Santo, nova e diferente, bem como acessível a todos. Isaías disse: o Espírito seria "derramado sobre nós lá do alto" (32:15). Em Isaías 44:3 Deus prometeu: "Derramarei água sobre o sedento, e torrentes sobre a terra seca, derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes". A mesma terminologia foi usada por Ezequiel, a quem Deus disse: "Saberão que eu sou o Senhor seu Deus, quando, derramarei o meu Espírito sobre a casa de Israel" (39:28,29). Da mesma forma, em uma passagem mais conhecida, Deus disse: "E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne" (Joel 2:28). João Batista, o último profeta da ordem antiga, resumiu esta expectativa em seu dito conhecido, que creditou o derramamento do Espírito ao próprio Messias: "Eu vos tenho batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo" (Mar. 1:8). Esta profecia de João, registrada pelos três evangelistas sinóticos como futuro simples ("ele vos batizará"), no quarto evangelho toma a forma de um particípio presente: "Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água, me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo" (João 1:33). Este uso do particípio presente tira do verbo os limites do tempo. Ele não descreve o evento único que foi o Pentecostes, mas o ministério específico de Jesus: "Esse é o que batiza com o Espírito Santo". Na verdade, as mesmas palavras, ho baptizôn, que aqui se referem a Jesus, são aplicadas por Marcos a João Batista! Geralmente, João é chamado de ho baptistés, "o Batista", porém três vezes na narrativa de Marcos (1:4; 6:14, 24) ele é chamado de ho baptizôn, (diferença que não aparece em nossas traduções em português, mas que significa "o Batizador"). Em outras palavras, assim como João é chamado de "o Batista" ou "o Batizador", porque a característica do seu ministério era batizar com água, também Jesus é chamado de "o Batista" ou "o Batizador", porque a característica do seu ministério é batizar com o Espírito Santo. Tudo isto resultaria num fluir sobrenatural do Espírito Santo sobre o povo de Deus, que seria iniciado através da nova dispensação inaugurada por Jesus Cristo.

III) O QUE NÃO É BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO.


Os teólogos não concordam plenamente a respeito do assunto Batismo com Espírito Santo. Alguns sustentam que batismo com Espírito Santo e regeneração é uma única coisa. Outros ainda confundem com o batismo no corpo de Cristo (que é a imersão do) individuo no corpo de Cristo – isso é regeneração, novo nascimento (1 Co 12.13), o apóstolo Paulo mais adiante acrescenta; “Nós somos batizados com o Espírito por Cristo – essa é a capacitação para servir e ministrar (Lição jovens e Adultos 2º tri. 2011, pág. 21. CPAD)”. Para outros o batismo com o Espírito Santo não é para o tempo atual, ficando restrito à igreja primitiva. Nenhuma dessas afirmações é confirmadas pela Escritura Sagrada como veremos. O batismo com o Espírito Santo é uma experiência distinta da conversão? Os que negam e os que afirmam a distinção entre batismo com Espírito Santo e conversão, estão embasados pela autoridade da Palavra de Deus. E agora, como resolver este impasse? Os dois pontos de vista toma como ponto de partida para o debate o livro de Atos dos Apóstolos, contudo há outras passagens Bíblicas que são importantes para o caso, todavia o livro de Atos sem dúvida é quem comporta o maior testemunho sobre o tema. O Antigo Testamento e os evangelhos predizem o fato e as epístolas trazem poucas referências indiretas. A constituição das Assembleias de Deus afirma em sua declaração das verdades fundamentais, que a experiência do batismo com Espírito Santo “é distinta da experiência do novo nascimento e subsequente a ela”, as referências bíblicas fornecidas acham-se em Atos dos Apóstolos. Assim Atos dos Apóstolos torna-se essencial para deferência da interpretação procedente da exegese dos trechos relevantes. Tanto os pentecostais, e aqueles que negam a posição teológica pentecostal, admitem esse fato. Vamos relacionar os pontos importantes à questão da separabilidade: O dia de Pentecostes – (At 2:1-13). O reavivamento em Samaria – (At 8.4-19). A experiência de Paulo (At 9:1-19). Cornélio e outros gentios – (At 10:44-48; 11.15-17). Os crentes de Éfeso – (At 19:1-7). Os textos em apreço podem favorecer a ambos os lados. Os que seguem a linha da separabilidade, dizem que os indivíduos dos trechos eram crentes, e já haviam sido regenerados antes do batismo com o Espírito Santo. Afirmam que Lucas tem intenção de ensinar que a experiência do batismo com o Espírito Santo, como distinta da regeneração, é normativa para igreja em todos os tempos. Os que negam a separabilidade dizem: a experiência parece distinta e dá a impressão de sê-la, isto é devido à situação histórica incomparável das etapas iniciais da igreja. Afirmam que Lucas não ensina a experiência distinta do batismo com o Espírito Santo seria normativa para a experiência cristã nas etapas posteriores da igreja. Continua...