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sábado, 10 de julho de 2010

AS FUNÇÕES SOCIAIS E POLÍTICAS DA PROFECIA

AS FUNÇÕES SOCIAIS E POLÍTICAS DA PROFECIA.











INTRODUÇÃO.

A lei divina descrita na Bíblia no seu aspecto moral, no que concerne os direitos e deveres, valoriza os aspectos sociais visando o bem-estar das classes menos favorecidas e assegurando a devida justiça social, fazendo com que as viúvas, órfãos, pobres, necessitados, escravos, crianças, velhos e estrangeiros sejam beneficiados (Dt 24:17; Sl 140:12; Is 1:17; Jr 22:3), dirimindo a desigualdade social e amparando aqueles que não tiveram justiça.
Neste contexto os profetas como porta-vozes divinos e homens públicos, tinham um papel fundamental na política e na sociedade, no que se refere ao cumprimento dos deveres sociais, eles denunciavam as injustiça e os abusos (Jr 7:6), isto sempre geravam conflitos com as camadas dirigentes, que em contra partida ameaçavam a vida dos homens de Deus (Jr 15:20; Mt 23:34,37).


















I) - JUSTIÇA SOCIAL NO ANTIGO TESTAMENTO.
Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos, em alguma das tuas portas, na tua terra que o SENHOR, teu Deus, te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua
mão a teu irmão que for pobre; antes, lhe abrirás de todo a tua mão e livremente lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade. Guarda-te que não haja palavra de Belial no teu coração, dizendo: Vai-se aproximando o sétimo ano, o ano da remissão, e que o teu olho seja maligno para com teu irmão pobre, e não lhe dês nada; e que ele clame contra ti ao SENHOR, e que haja em ti pecado. Livremente lhe darás, e que o teu coração não seja maligno, quando lhe deres; pois por esta causa te abençoará o SENHOR, teu Deus, em toda a tua obra e em tudo no que puseres a tua mão (Dt 15. 7-10), esta é uma das muitas referências bíblicas que mostra o dever de ajudar e socorrer os necessitados. Cumprir a lei de Deus objetiva também o propósito de socorrer os necessitados (Dt 24.19-21; Lv 19.10).
Ao introduzir a lei, Deus demonstrou seu cuidado pelos pobres, necessitados e oprimidos. Várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo foram objetos para a ação social entre os hebreus. Vejamos: (1) Deus supriria as necessidades “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR abundantemente te abençoará na terra que o SENHOR, teu Deus, te dará por herança, para a possuíres” (Dt 15.4). (2) Durante a colheita, os grãos que caíssem deviam ser deixados para os pobres (Lv 19.10; Dt 24.19-21). (3) Cancelamento de dívidas a cada sete anos (Dt 15.1-6). (4) Não deveria haver favoritismo de classes (Êx 23.2,3,6; Dt 1.17; cf. Pv 31.9). Tratamento justo para com os necessitados, sem exploração (Dt 24.14). Todavia os israelitas não foram fiéis à lei, e Deus interveio enviando seus profetas, para levar mensagens de juízo contra os ricos opressores e exploradores, que se negavam a dar os direitos dos desfavorecidos (Is 1.21-25; Jr 17.11; Am 4.1-3; 5.11-13; Mq 2.1-5; Hc 2.6-8; Zc 7.8-14).


II) – JUSTIÇA SOCIAL NO NOVO TESTAMENTO.

Durante o período da igreja primitiva, houve grande escassez de víveres em Jerusalém, isto fez com que os crentes que estavam em Acaia e Macedônia enviassem ofertas para ajudar os pobres (At 11.28-30: Rm 15.26,27; 1 Co 16.1-3; 2 Co 8-9). A preocupação com o bem-estar do próximo era parte duma vida dedicada a Deus e a seu serviço, demonstrada pela igreja primitiva (At 2.42-47; 4.32-35).
Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então, os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E, quando te vimos estrangeiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E, quando te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes (Mt 25.35-40), com este discurso Jesus deixa claro que no juízo das nações, as questões sociais deveram fazer parte dos critérios pelo quais os justos deveram receber as bênçãos do milênio.

III) - O PAPEL POLÍTICO E SOCIAL DA IGREJA.

A Bíblia já preceituava sobre justiça social desde o começo. Como igreja, temos uma missão importante a cumprir: "ir e pregar o evangelho", todavia há também um aspecto da missão da igreja, que é seu papel político social, atuando fortemente para que haja igualdade e bem-estar social. Isto sem dúvida é fundamental dentro do escopo da igreja como agente da ação social, que se faz jus à esta que é seguidora de Jesus. Os textos sagrados nos mostram que ninguém se importou tanto com os oprimidos, necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, como Jesus (cf. Lc 4.18,19; 21.1-4; Lc 17.11-19; Jo 4.1-42; Mt 8.2-4; Lc 17.11-19; Lc 7.11-15; 20.45-47), e que condenava os que desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25; Lc 6.24,25; 12.16-20; 16.13-15,19-31). É dever da igreja também, e não só das autoridades governamentais, cuidarem do bem-estar físico e material e, seja isto um dos motivos de suas preocupações.

CONCLUSÃO.
A totalidade do evangelho não está limitada ao atendimento espiritual da pessoa, mas atende-la em suas carências gerais (Tg 1.27). Através da ação social, a igreja alivia a necessidade e faz com que Deus seja glorificado.

Bibliografia:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Lições CPAD.


quarta-feira, 7 de julho de 2010

A NATUREZA DA ATIVIDADE PROFÉTICA.

Lição 2 – A NATUREZA DA ATIVIDADE PROFÉTICA.





TEXTO ÁUREO: (Hb 1.1).

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jeremias 1.4-6,9-14.

LEITURA DIÁRIA.

Segunda-feira – Nm 12.6 – Deus fala por meio de sonhos e visões.
Terça-feira – 1 Sm 3.8-10 – Deus fala por meio de voz audível.
Quarta-feira – 1 Sm 16.7 – Deus conduz seus profetas.
quinta-feira – 2 Sm 7.4 – Deus pode falar ao profeta durante a noite.
sexta-feira – 2 Sm 12.13 – Deus usa os profetas para exortar seus filhos.
Sábado – Ez 3.24 – A palavra profética procede do Espírito Santo.

ESBOÇO DA LIÇÃO.

I) - AS FORMAS DE COMUNICAÇÃO.
1. “[...] Veio a mim a palavra do SENHOR” (v.4).
2. Revelação divina em forma de diálogo.
3. Visão ou sonho.

(II) – AS FORMAS DE TRANSMISSÃO DA MENSAGEM PROFÉTICA.
1. Declaração oral e direta.
2. Figura e símbolos proféticos.
3. Casos reais que servem de representação para comunicar a mensagem.

III) – A QUESTÃO EXTÁTICA DO PROFETA.
1. Interpretação naturalista.
2. Falácia dos naturalistas.
3. A base dos naturalistas e uma refutação.




INTRODUÇÃO.

A revelação divina foi transmitida tanto em quantidade como em modalidade, através da História, Biografias, Genealogias, lei, ordenanças, regulamentos sacerdotais, advertências, denuncias, e previsões proféticas, tendo seu escopo em Jesus Cristo (Hb 1:1). Deus se revelou por figura, símbolos proféticos, sonhos ou visões, silenciosamente ou fez-se ouvir. Bradou através dos profetas ou de algum anjo. Tornando conhecidos seus desígnios e vontade, e autodesvendando sua natureza, atributos e obras.

MÉTODOS E MEIOS DA REVELAÇÃO DIVINA.

O ato ou efeito divino de transmitir mensagens por meio e métodos, através da linguagem falada, de sinais ou símbolos, de elementos sonoros ou visuais, foram utilizados objetivando alcançar a humanidade, no passado, presente e futuro (Hb 1: 1,2). Deus na sua multiforme sabedoria (Ef 3:10) revelou aos servos os profetas seus planos (Am 3:7) e estes foram compelidos a profetizar e advertir conforme Deus os orientava.
Os 12:10 – eu mesmo falava aos profetas, dava-lhes muitas visões e por meio deles falava em parábolas (NVI). Deus falava através dos seus porta-vozes proféticos. Utiliza o diálogo (falava), visões (muitas visões) e parábolas, como meio de advertir os israelitas tornando-os inescusáveis diante de Deus. Sinais e atos simbólicos também foram meios pelos quais Deus fez conhecida sua vontade como “O Cinto de Linho” (Jr 13:1-7), Cerco Simulado (Ez 4.1-3), Vale de ossos secos (Ez 37:1-14). Escrituras na Parede (Dn 5:5-7,16-31).

1) O QUE É COMUNIÇÃO.
A comunicação é um processo que envolve a troca de informações, e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim. Está envolvida neste processo uma infinidade de maneiras de se comunicar: uma conversa face-a-face, ou através de gestos, mensagens enviadas, faladas e escrita, são elementos que permitem interagir e efetuar de informações. Os componentes da comunicação são: o emissor, o receptor, a mensagem, o canal de propagação, o meio de comunicação, a resposta.

2) FORMAS DE COMUNICAÇÃO DIVINA.

A) AS FORMAS DE COMUNIÇÃO DE DEUS AOS PROFETAS.
No exercício de comunicar sua mensagem, Deus usou meios pelos quais esta mensagem chegasse ao profeta e, através do profeta fosse transmitida ao povo.

a) Diálogo.
O diálogo foi a maneira que na maioria das vezes Deus se comunicou com os profetas (Is 6:8; Jr 18:1, 2). “Assim diz o Senhor e veio a mim a palavra do Senhor” (1 Cr 17.3: Jr 1:4, 11,16) estas expressões atestam o fato de Deus torna conhecido seus propósitos através da comunicação verbal com seus porta-vozes (Nm 12.8; Ez 12:1; 13:1).

b) Sonho e Visões.
Dt 12:6 E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele. (grifo nosso). Na Escritura, o sonho, juntamente com a visão, é normalmente um meio de divina revelação:

O sonho (1) Primeiro é processo comum na experiência ocorrida enquanto dormimos, e que é algo meramente fisiológico e neutro. (2) Segundo o sonho pode ser definido como uma “sequência de ideias soltas ou incoerentes às quais o espírito se entrega. Devaneio, fantasia, plano ou desejo absurdo, sem fundamento”. Aqui o sonho é um fluxo de impulsos desconexos e nem sempre edificantes. Um “sonhador”, por esta ótica, é um tolo, alguém que não segue um caminho responsável e racional (Ex. Alguém vive no mundo dos sonhos). (3) Terceiro o sonho pode ser entendido ainda como um “desejo vivo, intenso e constante, anseio”. (Ex. Ele sonha ser um aviador). (4) Quarto o sonho também pode ser um processo pelo qual Deus fala com os profetas (Dt 12:6). Nisto se entende que nem todo o sonho segue-se a uma mensagem divina ou um significado como vemos em (Ec 5:3), e que é um processo natural e comum a todos os homens. Os sonhos comuns podem ser medonhos (Jó 7.14), transitórios (Jó 20:8; Is 29:7, 8). Isto contém uma revelação interessante dentro da teologia, porque a Bíblia não defende uma teoria geral de significado psíquico ou religioso dos sonhos.
Sonhos com significados, no entanto eram comuns como nos casos do copeiro-mor e do padeiro-mor de Faraó (Gn 40) ou ainda do próprio Faraó (Gn 41) e Nabucodonosor (Dn 2:1-29). Nestes casos era necessário um interprete (Gn 41:8-12; Dn 2:4,16). Os profetas eram os objetos primários da revelação através de sonhos (Nm 12:6).
A visão na Bíblia tem o significado (1) literal, perceber com os órgãos físicos (Jó 27:12; Pv 22:29; 29:30), ou (2) maneira entendimento espiritual e perceber determinadas situações (Jó 36:25 e Sl 63:2), e (3) visão reveladora (Nm 24:2). O substantivo hebraico para visão é hazâ de onde se deriva hozeh (vidente, e refere-se àqueles que vêem visões Is 30:10), onde nós percebemos o estreito relacionamento entre a visão e o profeta, e como as visões foram um dos meios principais da comunicação divina (Gn 15:1; Nm24:4; Ez 13:7; 37:1-14).

B) AS FORMAS DE TRANSMITIR A MENSAGEM AO POVO.

a) Declaração oral e direta.
A mensagem profética pode ser dirigida a um individuo (Is 22: 15ss), ou de forma mais ampla (Jr 20:6; Am7:17). Porém o grande alvo da declaração profética é todo o povo, é ao povo que o profeta é enviado (Is 6:9; Ez 2:3), e às nações (Jr 1:10). Prevendo castigos contra os pecadores ou salvação para aqueles que atentam para a mensagem (Hb 3:15-19).

b) Figuras e símbolos proféticos.
Os profetas empregavam símbolos e figuras na transmissão das mensagens. Conhecendo o poder que tais elementos da comunicação exerciam sobre os ouvintes, Deus na sua infinita sabedoria fez conhecer coisas do mundo espiritual, ilustrando por meio de coisas conhecidas. Graças a sua infinitude, Deus utiliza aquilo com que os seres humanos estão familiarizados, com o objetivo de comunicar à mente humana a sublime revelação de sua vontade. Considerando na sua totalidade, a mensagem simbólica e figurada, ilumina, exorta e edifica. Exemplo da linguagem figurativa na profecia está em Is 11:6-9; 35:8-10; Ez 4;1-3; 5:1-5.

c) Atos simbólicos.
Os atos simbólicos ou oráculos por ação acompanhavam a profecia com gestos simbólicos, estabelecendo um liame entre o gesto e a realidade da qual ele era o sinal. Este processo se encontra entre os grandes profetas, Oseías 1-3 o casamento com uma prostituta, Isaias e sua nudez 20:2-4, os nomes simbólicos que ele dá a seus filhos 7:3; 8:1-4.

Obs. A questão estática do profeta, Interpretação naturalista e refutação a teoria naturalista você encontra em:http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/2010/07/licao-n-02-11072010-natureza-da.html


CONCLUSÃO
Deus usou vários meios para transmitir sua mensagem aos profetas, e por sua vez cada profeta transmitiu a profecia usando meios que alcançassem as mente dos ouvintes. Assim a mensagem é compreendida e os homens tornam-se conhecedores da vontade divina.