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sábado, 24 de julho de 2010

PROFECIA E MISTICISMO


PROFECIA E MISTICISMO.





INTRODUÇÃO.

Quando Israel estava para possuir a terra de Canaã, Deus orientou e normatizou como deveria proceder, orientou para que não seguisse os rituais e práticas da religião de Canaã, a qual estava voltada ao misticismo e cultos profanos, deu normas pelas quais deveriam seguir, para que não fossem incorporados no meio do povo de Deus os hábitos canaanitas.

I) - A AUTENTICIDADE DA PROFECIA.

A profecia pode ser declarativa e preditiva. Como preditiva Revela o intento divino em relação a Israel, a Igreja, aos gentios e o do Reino de Deus. Como declarativa é de exortativa, admoestativa, encorajadora, consoladora, para que os santos sejam edificados e aperfeiçoados (1 Co 14.3,4; Ef 4.12.)


As muitas predições proféticas que estão na Bíblia foram dadas para crermos nelas, porque são divinas. Entretanto as falsas predições são uma realidade, sua existência é evidenciada em vários textos. No desejo de saber o futuro seu destino e coisas correlatas o homem envereda-se por caminhos de morte (PV 14.14), buscando nos “profetas” alguma resposta. No cenário está a cartomante, a que lê as mãos, o que joga búzios, pratica a necromancia, consulta os deuses, etc. Todas estas formas de previsão são demoníacas e fraudulentas, cujo objetivo é acorrentar seus adeptos tornando-os escravos. A Bíblia nos adverte contra as mentiras artificiosas do Diabo. Quanto à prova da autenticidade da profecia temos:


1) – O profeta.

Como já vimos, o profeta é o individuo que tem as credencias de enviado de Deus, é o porta-voz, ele é quem transmite a mensagem divina. Todavia o impostor também tem sua mensagem, há os que fazem sinais e prodígios (Dt 13.1), e que podem distrair e enganar os incautos. Os sinais eram parte importante na identificação do profeta (Mateus 16.1; João 6:30; 12:18; 1 Coríntios 1:22), são operações de origem e caráter sobrenaturais, todavia não era o único indício para qualificar se o profeta era de Deus. Vejamos o que diz o texto; e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos... (Dt 13 1,2; Mateus 24:24), o profeta não pode contrariar os princípio divinos, causando desobediência a Deus, a sua palavra (Dt 13.1,2; Mt 4.10: ÊX 20.3-5), ou qualquer outro princípio bíblico determinado por Deus, quem procede desta maneira está desqualificado como autentico profeta de Deus, a ele não ouvirás (Dt 13.3).

2) – A mensagem e cumprimento.

Acima observamos como é importante observar a palavra do profeta, mas vejamos a profecia, quanto a sua procedência. Em Jeremias 28 temos a mensagem de dois profetas que argumentam e falam em nome de Deus, todavia uma das mensagens era falsa, contudo a maioria atentou para Hananias (Jr 28.11,15) e teve Jeremias como inimigo do povo, depois ficou comprovado que sua mensagem era falsa (Jr 28.15-18; Dt 18.20-22). Muitos têm sido enganados por profetas mentirosos e previsões que não se cumprem, no entanto isto não é motivo para não atentarmos para os verdadeiros profetas, que são enviados por Deus. Analisemos o que diz os profetas e provemos se é de Deus a mensagem.




II) - PRÁTICAS MÍSTICAS NAS RELIGIÕES DE CANAÃ.


A) Sacrifícios De Crianças.

Este ritual cananeu foi absolvido em Israel, especialmente em Jerusalém, onde o vale de Hinom servia de palco para sacrifícios de crianças ao deus Moloque (1Rs 11.7; Rs 16.3), Jeremias profetizou que o sacrifício de crianças traria um castigo severo sobre o povo e que o vale seria conhecido por “vale da matança” (Jr 7:31-34; Jr 19:2, 6; Jr 32:35). Este mesmo vale foi reservado para o armazenamento e incineração do lixo da cidade. O vale de Hinom é conhecido como símbolo do castigo eterno.

B) Adivinhos, prognosticadores e agoureiros.

Por meio da adivinhação procura-se predizer eventos futuros, uma prática antiga, porém comum em nossos dias. A adivinhação, é proscrita em Lv 19.26, e é condenada Lv19.31; 2 Rs 17.17 e 21.6. Ela faz parte da lista de práticas ocultistas proibidas em Dt 18.10. Tarô, Búzios, quiromancia, numerologia, piromancia fazem parte dos meios utilizados para adivinhar. Em Miquéias 5.12, quando o Messias voltar para julgar as iniquidades do mundo, limpará Israel do poder do pecado, feitiçaria e idolatria. O povo de Deus não pode se sujeitar a tais métodos, deixando de crer em Deus e colocando suas decisões nas mãos de adivinhos ou similares (Dt 18.12-14).

C) Feitiçaria.

Para a prática da feitiçaria estava reservada a punição com pena capital (morte) Êx 22.18; Lv 20.27. O Rei Manassés está listado como praticante (2 Rs 33.6). Para o hebreu tal coisa era uma desonra, significando pecado de apostasia (Lv 19.31; 20.6; Is 8.19). Os feiticeiros faziam parte do séquito de Nabucodonosor (Dn 2.2). No julgamento final os feiticeiros serão julgados(Ml 3.5), os tais não poderão participar da gloriosa vida futura na cidade santa (Ap 22. 15), nem aqueles que buscam suas orientações (Gl 5.20,21).

D) Consulta aos mortos.

Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? (Is 8.19). A consulta aos mortos foi também praticada nas terras do cananeus (Dt 18.9-12). Uma prática também usada, pelos espíritas através de médiuns, que usa o poder dos mortos para a adivinhação. A umbanda, candomblé, quimbanda, invocam os espíritos e guias para saber as suas previsões. Tais coisas contrariam a vontade de Deus.


CONCLUSÃO.
A predição profética é a revelação divina, e digna de total confiança. Não nos fiemos a qualquer outra predição, antes estabeleçamos se é verdade e não caiamos nas mentiras enviadas pelo mundo das trevas.


Bibliografia:

Bíblia de Estudo Pentecostal.(CPAD)
Torá - A Lei de Moisés. (editora e livraria Sêfer).
Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento.
Várias lições bíblicas. (CPAD)