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domingo, 8 de agosto de 2010

OS FALSOS PROFETAS






Nesta lição faremos uma abordagem a respeito do falso profeta, já vimos em síntese o mesmo assunto na lição 4 – PROFECIA E MISTICISMO, quando foi avaliado a questão da profecia e os embusteiros. O que identifica um profeta falso? Quais suas características? Como se prevenir de um falso profeta? A Bíblia tem vários exemplos de homens que se disseram serem enviados de Deus, mas eram enganadores, bajuladores, mentirosos... Estas qualidades nos dão uma percepção clara de quem eram na verdade. E o que dizer, no entanto quando há alguns atributos que dificultam esta identificação, quando é necessário mais do que características peculiares ou um entendimento prático, é se faz necessário o uso do discernimento espiritual. É hora de a igreja reagir diante de tais perturbadores, e anunciar a verdade de Deus para o mundo; sem desvios, mentiras, procura de lucros e vantagens. Há muito que se levantam usando o nome de Deus, profetizando e até fazendo milagres (Mt 24.24), entretanto não têm compromisso com Deus ou com a fé cristã. Devemos atentar para esta situação, porque os tais são muito bem dissimulados (Mt 7.15), falam como o povo de Deus, e usam o nome de Cristo (Mt 7.22), são até admirados e seguidos, mas são imitadores e nunca serão aprovados por Deus (Jo 10.14 com Mt 7.23).


I) O PROFETA JEREMIAS CONTRA O FALSO PROFETA HANANIAS (Jr 28.1-17).



O profeta Jeremias não gozava de grande popularidade, não fazia o tipo que agradava. Suas mensagens já haviam trazido algumas reações extremas e já se havia cogitado sua morte pelo menos duas vezes (Jr 11.18-23; 26.8-15). Profetizando num momento decisivo para o reino do sul, trazia nas suas mensagens predições conturbadoras, como a destruição do templo (Jr 26.4-6) e a submissão ao rei da Babilônia (Jr 27.17). No entanto os falsos profetas falavam de paz, de dias melhores, usando as prerrogativas de que suas predições eram provenientes de Deus (Jr 14.14). No capítulo 27 Jeremias é enviado a falar à aos reis de Edom, Moabe, Amom, Tiro e Sidom através de seus mensageiros que estavam reunidos em Jerusalém (vv. 2-4) e a Zedequias (v. 12), o inevitável domínio por parte da Babilônia (vv. 6-11), a revelar para os sacerdotes, a falsidade das profecias a respeito da restituição dos utensílios da casa do Senhor (vv. 16-22). No entanto no mesmo ano surge no templo, Hananias profetizando a quebra do jugo do rei da Babilônia (Jr 28.2,4 com 27.6,7), o retorno dos utensílios da casa do Senhor (Jr 28.3 com 27.16) e o retorno dos deportados (Jr 28.4), o que é asseverado com um irônico amém da parte de Jeremias e o desejo de que o que foi dito fosse cumprido (Jr 28.6), no mesmo momento Jeremias traz à memória as profecias que já haviam predito a derrota de vários países e reinos (Jr 28.8), o que não era algo novo, e o cuidado quando o profeta falava de paz (Jr 28.9). Isto colocava a autoridade de Hananias em descrédito. Então, Hananias, o profeta, tomou o jugo do pescoço do profeta Jeremias e o quebrou. E falou Hananias aos olhos de todo o povo, dizendo: Assim diz o SENHOR: Assim quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei da Babilônia, depois de passados dois anos completos, de sobre o pescoço de todas as nações. E Jeremias, o profeta, se foi, tomando o seu caminho. (Jr 28.10,11). Os canzis que Jeremias trazia no pescoço deste o momento que foi enviado às delegações dos reis que queriam se rebelar contra a Babilônia juntamente com Zedequias (Jr 27.2,3) foram quebrados, Hananias atrevidamente ridiculariza o profeta de Deus, depois deste ato insolente, Deus comunicou uma mensagem de julgamento contra o falso profeta e o povo de Judá, canzis de madeira quebraste, mas em vez deles farás canzis de ferro (Jr 28.13), o jugo de ferro que foi posto, nem o intolerante profeta Hananias nem o povo de Judá poderiam quebrar (Jr 28.14). O Senhor não tinha enviado a Hananias (Jr 28.15), ele era porta-voz de sua própria imaginação e tinha convencido muita gente a confiar em suas predições e induzido o povo à rebelião (Jr 28.16). O povo agora persuadido pela mentira, tornou-se incrédulo e não se arrependeu, trazendo maior severidade no julgamento. Também houve julgamento para o profeta mentiroso, que veio a ser a causa de seu descrédito e sua sentença de morte (Jr 28.16), depois de dois meses ele morreu (28.17). O resultado deveria ter trazido o arrependimento, porém Judá não se arrependeu, Deus vindicou seu profeta e julgou o falso profeta.

I) LOBOS E OVELHAS (Mt 7.15-23).
O povo de Deus de todas as épocas precisa estar atento contra os falsos profetas (At 20.29; 1 Jo 4.1; Ap 13.11-14). A figura do lobo é uma aplicação sobre suas características destrutivas e predadoras (Gn 49.27; Ez 22.27; Jo 10.12), perspicazes (Hb1. 8) e cruéis (At 20.29). Assim como os lobos, os falsos profetas não têm compromisso com o bem-estar do rebanho, eles são ameaças que se infiltram com objetivo de destruir, roubar e matar. A cautela peculiar aos servos de Deus e a prudência, são requisitos para escapar das garras dos lobos (Mt 10.16). Vejamos que os falsos profetas agem como cristãos e usam o nome de Deus, e chama-o Senhor (Mt 7.21), precisamos distinguir com cuidado homens e grupos que professam ser de Cristo, no entanto não são cristãos autênticos e não fazem a vontade do Pai. Ainda há que, além das profecias os falsos profetas podem realizar milagres e expulsar demônios (Mt 7.22), isto dificulta ainda mais a identificação te tais impostores, porém estes sinais não significam que há uma aprovação de Deus, como costumamos dizer: Deus estar neste negócio (Mt 7.23), houve milagres, profecias, mas qual é a fonte? A resposta a tudo isto é: nunca vos conheci. Esses falsos discípulos nunca tiveram contato com Cristo. Jesus nunca os reconheceu como amigos ou discípulos, apesar de afirmarem fazer tudo em Seu nome, são iníquos. A multiplicação destes indivíduos é sinal da aproximação da volta de Cristo (Mt 24.24), grandes sinais e prodígios cujo objetivo é o engano, iludir é uma tática do inimigo de nossas almas, como sempre induzindo o homem a rebeldia.

I) O DOM DE DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS (1 Co 12.10)
Dom de Discernimento de Espíritos, o Espírito Santo através do portador deste dom determina, discerni e julga os fenômenos espirituais, distinguindo a origem de cada caso, se é proveniente de Deus, do homem ou do Maligno. (1 Jo 4.1). No fim dos tempos a igreja será severamente atacada por mensagens provenientes de espíritos enganadores (1 Tm 4.1). Hoje o falso mestre que foi prefigurado pelos falsos profetas, induz com suas heresias o rebanho do Senhor ao erro. São obreiros fraudulentos (2 Co 11.13), mestres no conhecimento e grandes articuladores da palavra e oratória. O discernimento espiritual revela quem é o profeta de Deus, e quem é o falso profeta. A mentira não estará sempre oculta. Deus não permitirá que os ímpios permaneçam para sempre na congregação dos justos (Sl 1.6).

CONCLUSÃO.
Assim como Jeremias, a igreja tem enfrentado os falsos profetas, no entanto o engano não prevalecerá. Faremos uso do dom que o Espírito Santo tem dado, para glória De Deus nosso Senhor. Amém.

Bibligrafia:

Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD.

O Antigo Testamento Versículo por Versículo. R. N. Champlin - Editora Candeia.

O Novo Testamento Versículo por Versículo. R. N. Champlin - Editora Hagnos.

Comentario Bíblico Moody, volumes 3 e 4 - Editora IBR.

Várias Lições Jovens e Adulto - CPAD.

Bíblia de Jerusalém - Editora Paulus.

OS FALSOS PROFETAS